O início da semana foi marcado por ondas de violência e caos em Teresina. O que iniciou como uma tentativa de assalto, terminou com duas pessoas mortas e ônibus incendiados na Zona Norte de Teresina. Com isso, o medo e receio de sair de casa e de, até mesmo, pegar um ônibus, tomaram conta dos teresinenses, especialmente na Vila Mocambinho, onde ocorreram os ataques aos coletivos.
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(Foto: Assis Fernandes/ODIA)
Apesar de os órgãos de segurança terem deflagrado uma operação onde 11 pessoas foram presas e, ainda, intensificado as ações de combate a criminalidade na região, moradores relatam que estão receosos não somente com os últimos ocorridos, mas com a violência em geral que assola a comunidade.
Vivendo na Vila Mocambinho há 30 anos, uma moradora que não quis ser identificada conta que sente medo constante de assaltos e ataques. “Já fui alvo de ataque próximo ao meu bairro, só não levaram nada porque eu não estava com nada. Apesar de agora ter um pouco mais de segurança com a presença dos policiais, ainda sinto medo dos assaltos”, comenta.
(Foto: Assis Fernandes/ODIA)
A moradora relata ainda o medo de possíveis ataques em escolas, que desde o início do mês de Abril, têm sido disseminados nas redes sociais. “Pedimos mais segurança nos colégios, tenho três filhos que estudam e temos medo da presença dessas facções nas escolas. Meu temor é esse”, afirma a mulher.
Sobre o assunto, o Major Tales, da Polícia Militar do Piauí (PM-PI), destaca que, após a operação, a região da Vila Mocambinho está mais pacífica. De acordo com o Major, além do posto da PM, que deve permanecer no local por uma semana, outras medidas estão sendo tomadas para que esse período de paz se prolongue e as pessoas possam continuar sentindo essa sensação de segurança.
(Foto: Assis Fernandes/ODIA)
“O policiamento nunca deixou de acontecer, nós estamos reforçando o que já existia. A priori estamos utilizando uma viatura do 9º BPM e três especializadas. Duas viaturas ficam no posto e as outras ficam rodando a área onde ocorreram os aatques”, explica.
(Foto: Assis Fernandes/ODIA)
Ainda segundo o Major Tales, a comunidade pode ficar tranquila, uma vez que a o policiamento se faz presente no local. “A comunidade deve ter em mente que não estão abandonados nem pelo Estado e nem pelas forças de segurança. Nós precisamos continuar a vida e tudo vai se ajustando com o tempo”, finaliza.
Fonte: Cíntia Moura/ O DIA TVEdição: Nathalia Amaral